"Este Blog foi criado para os amantes de motos: Custom, Chopper, Touring e do bom Rock ......"

"Esta secção destina-se à publicação de contribuições de varios autores, sob a forma de artigos mais completos e reflexivos sobre determinados temas"

sábado, 6 de abril de 2013

Os 40o. anos de The Dark Side Of The Moon

 

Amigos, segue abaixo uma das melhores reportagens que já vi sobre um Disco.
Na verdade a reportagem está bem na altura do Conjunto e CD que descreve.

Esta reportagem é do “O GLOBO”, leia e saboreie tudo sobre esta obra Musical de Rock Progressivo.

 

 

A lua tinha perdido sua virgindade há meros três anos e sete meses quando chegou às lojas britânicas, em 1º de março de 1973,  um álbum intitulado The Dark Side Of The Moon. Na capa, nada da lua, mas um prisma que decompunha a luz solar em seis cores. Nenhuma identificação na capa ou na contracapa. Na capa dupla interna um gráfico de batimentos cardíacos coloridos. Dentro, 43 minutos de um rock espacial que embalava temas como nascimento, morte, loucura, ambição, desilusão e o que mais.

O tempo o consagraria como uma das maiores obras da segunda metade do século 20, 14 anos entre as 200 mais do hit parade americano, mais de 30 milhões de pessoas no mundo o levaram para casa e embarcaram na viagem proposta pelo Pink Floyd: Roger Waters (baixo e voz), David Gilmour (guitarra e voz), Richard Wright (piano, teclados e voz) e Nick Mason (bateria). Uma banda que começara em 1965 com objetivo de tocar blues, passara para uma nova vertente, space rock, progressivo, experimental. Gravou álbuns pouco comerciais, usou os primeiros efeitos de luzes, navegou no psicodelismo e emergiu, oito anos e sete albuns depois com uma obra que conjugava qualidade com acessibilidade.

 

 

David Gilmour - Foto do encarte

O título é uma metáfora para a loucura, para as brabeiras da vida. E anos antes de "dark side" virar uma expressão para definir o mal na franquia de Guerra nas Estrelas. "Muitas coisas importantes impostas ao indivíduo influenciam sua abordagem da existência. Há pressões capazes de empurrar numa ou noutra direção. No álbum falamos de algumas que podem te empurrar para a loucura, a morte, a paixão, mas também exortam a ter uma vida produtiva e saudável." diz Roger Waters, autor de todas as letras.

Semelhanças com o postulado rousseauniano de que o homem, bom por natureza, é corrompido pela sociedade. No livro The Dark Side of The Moon –Os Bastidores Da Obra Prima do Pink Floyd, o jornalista inglês John Harris busca explicações na obra do papa da antipsiquiatria Ronald Laing: “Quando o bebê da Idade da Pedra confronta a mãe do século 20, ele fica sujeito a essas ações de violência chamadas de amor, como também o foram seu pai e sua mãe...Estas forças estão preocupadas principalmente em destruir a maior parte dos seus potenciais. Este empreendimento é bem sucedido em seu conjunto." A citação é do livro The Politics of Experience, de 1967, que tem um capítulo chamado Us And Them, o mesmo nome de uma faixa do álbum.

 

 

Roger Waters

Dark Side em minha opinião é a maior obra prima da era analógica do rock pelo aspecto de ser uma obra única em sua interligação de canções e temas. De todos os gigantes clássicos, apenas o Who chegou mais perto com Tommy e Quadrophenia. Beatles e Rolling Stones nada fizeram de parecido. Frank Zappa chegou perto.

Pela primeira vez a banda soltou dois singles, Money e Time, tratados sobre a ambição e a passagem do tempo. Tiradas filosóficas levadas ao primeiro lugar do hit parade de vários países, elevando a banda de sucessos modestos, como Atom Heart Mother, de 1970 (55% lugar na América) e Meddle, de 1971 (70º lugar), para o primeiro lugar.

Passaram a tocar em estádios uma música que se prestava a plateias menores capazes de captar o significado deste e de trabalhos anteriores. Roger queixava-se de a banda estar tocando Echoes e a platéia ruidosa e alheia, soltando assovios e gritos de “toca Money”.

 

 

Richard Wright (28/7/1943 - 15/9/2008)

“Isto tudo acabou desaguando no disco seguinte, Wish You Were Here, porque não estávamos mais sendo nós mesmos a maior parte do tempo,” diz Gilmour. “Tínhamos o objetivo comum de sermos ricos e famosos. Quando conseguimos, pensamos 'e agora, o que vem a seguir?' Quando se tornou um sucesso chegamos ao ponto de eu ter que decidir se era socialista ou não. Se você ganha uma grana e bota no banco vai ser investido em alguma coisa, então precisa decidir se quer ou não tornar-se capitalista, diz Waters.

Na avaliação dos dois, Dark Side foi o auge, a partir dele começou o lento declínio da banda. Gravaram mais dois álbuns com proposições políticas e existenciais, Wish You Were Here (1976) e Animals (1977) até desembocar na ópera rock The Wall (1979), quando Roger misturou sua história pessoal com uma crítica à vida moderna que faz as pessoas se trancarem atrás de muros. A coda foi The Final Cut (1983), uma espécie de continuação de The Wall. Roger Waters puxou o barco e foi navegar sozinho e processar os demais pelo nome da banda. Perdeu perdeu e Gilmour ainda tocou o barco até 1994.

 

 

Nick Mason

Dark Side foi gravado em 16 canais nos estúdios da EMI em Abbey Road. A complexidade fez com que houvesse reduções para livrar canais para mais overdubs. O produtor Alan Parsons usou e abusou de efeitos de eco e reverber para a ambiência espacial das interpretações. David Gilmour usou basicamente guitarras Fender Stratocaster com efeitos por caixas Leslie, pedais Fuzz Face, Coloursound Power Boost e Univibe (no You Tube há demonstrações desses equipamentos). Para notas mais altas nos solos de Money e Brain Damage ele usou uma guitarra do luthier canadense Bill Lewis, que permitia alcançar duas oitavas a mais do que a Strato. Os amplificadores foram Hi Watt. Usou ainda duas pedal steel guitars, uma da Fender e uma Jedson.

Roger Waters usou um Fender Jazz Bass 62 e amplificadores Vox. Nick Mason uma bateria Ludwig com pratos Zildjian. Rick Wright um vasto arsenal que incluía órgãos Farfisa e Hammond, pianos Yamaha acústicos e elétricos, piano Fender Rhodes, sintetizadores analógicos Minimoog e VCS3, piano elétrico Wurlitzer.

 

 

A preparação do material foi peculiar. No final de 1971 eles se reuniram num galpão londrino de propriedade dos Rolling Stones e começaram a passar o material acumulado no último ano e meio com o objetivo de compor coisas novas, já de saco cheio do repertório anterior. O resultado foi um trabalho chamado The Dark Side of The Moon: A Piece For Assorted Lunatics. Já em fevereiro de 1972 apresentaram o novo material num show no Rainbow Theatre londrino. Daí saíram em turnê pela Europa e América do Norte. Entraram em Abbey Road em 24 de maio para gravações que se estenderam a 25 de junho. Saíram para uma nova turnê, tiraram dois meses de férias e voltaram para os estúdios da EMI em 9 de janeiro de73 para concluir a gravação. O álbum se beneficiou de ter sido extensivamente apresentado e burilado ao vivo.

Além da banda, participaram do disco o saxofonista Dick Parry, amigo de Roger dos tempos da juventude em Cambridge, para solos em Money e Us And Them e quatro cantoras que eram la crème de la crème para vocais na Inglaterra da época: Liza Strike, Barry St. John, Lesley Duncan e Doris Troy.

 

 

Liza Strike,  Barry St. John, Lesley Duncan e Doris Troy (do alto E)_

O comportamento contido da banda causou má impressão nas meninas. “Não eram muito amistosos, eram frios, um tanto clínicos. Normalmente nos divertíamos em gravações com outros músicos, dávamos boas risadas, aquela sensação de que todos estavam no mesmo barco. Nada disso aconteceu. Eles diziam o que queriam, nós fazíamos. Quando acabava, ouvíamos na sala de controle, todos em silêncio, nós com medo de ter errado. Eles diziam ‘é o suficiente’ e pronto. Ficávamos aliviadas de sair dali,” diz Lesley Duncan, citada no livro de John Harris. Os vocais delas foram usados em Us And Them, Brain Damage, Eclipse, dobrados três vezes, e em Time, distorcidas pelo Frequency Translator.

 

 

Alan Parsons ganhou o Grammy pela produção do álbum

Há falas desencontradas espalhadas pelo álbum inteiro. Foi ideia de Roger Waters. Fazer uma série de perguntas sobre assuntos tratados no disco para aproveitar algumas falas no meio das músicas. O zelador dos estúdios Gery O'Driscoll, um irlandês de idade avançada, foi responsável por duas das melhores: "I am not frightened of dying. Any time will do: I don't mind. Why should I be frightened of dying? There's no reason for it — you've got to go sometime," incluída em The Great Gig In The Sky. E a frase de encerramento: "there is no dark side in the moon, really. As a matter of fact it's all dark."

A risada maníaca que aparece de vez em quando é do coordenador de turnês Peter Watts. Muitas outras pessoas foram entrevistadas e algumas aproveitadas, dependendo do tema das canções.

Gilmour conta no DVD do making of que quando ouviram o disco pronto tiveram consciência de que tinham feito um grande disco, mas ele confessa ter um desejo impossível de realizar: "Gostaria de ser uma pessoa que pudesse por os fones e ouvir o álbum inteiro pela primeira vez. Eu nunca tive esta experiência." Nem pode né, mas nós sim. Chupa David Gilmour! rsrs

Vamos ao disco:

                                             
Speak to Me
(Mason) 1:16

Esta faixa é uma montagem sonora. Abre com um coração batendo em fade in. É o bumbo de Mason. Inclui efeitos de Money, risadas, vocais femininos, guitarras slide gravadas ao contrário, viradas de ton tons e as falas: "I've been mad for fucking years, absolutely years, been over the edge or yonks, been working me buns off for bands..." (canal esquerdo)
"I've always been mad, I know I've been mad, like the most of us...very hard to explain why you're mad, even if you're not mad..." (canal direito)
risada maníaca, efeitos de sintetizadores em pan, um grito e desemboca em Breathe
(Waters, Gilmour, Wright) 2:44

Roger Waters: "Breathe é uma exortação para se viver a vida de maneira autêntica. Resume os temas a serem tratados no álbum. Não ter medo de se importar, ou seja, não se omita, não se aliene. Faça as escolhas que vão determinar o rumo de sua vida."
guitarra base – canal esquerdo
guitarra solo pedal steel Fender - meio na intro, depois direito
dois orgãos - centro
baixo e bateria – meio (viradas de ton tons em pan)
voz - Gilmour com dobra
Breathe, breathe in the air.
Don't be afraid to care.
Leave but don't leave me.
Look around and choose your own ground.
Long you live and high you fly
And smiles you'll give and tears you'll cry
And all you touch and all you see
Is all your life will ever be.
(órgãos) Run, rabbit run.
Dig that hole, forget the sun,
And when at last the work is done
Don't sit down it's time to dig another one.
For long you live and high you fly
But only if you ride the tide
And balanced on the biggest wave
You race towards an early grave.
On The Run
(Gilmour, Waters) 3:32

O tema desta faixa são as longas viagens que a banda fazia por conta das turnês. Ambientação de aeroporto. Voz feminina anuncia vôos, passos de uma pessoa correndo em pan (são do engenheiro auxiliar Peter James). Fala: "Live today, gone tomorrow, that's me, HaHaHaaaaaa!" em pan.
Toda executada pelo sintetizador VCS3 com osciladores e geradores de frequencias programados por Gilmour, com cada efeito gravado separadamente.Também chamada de Travel Section. Termina com uma explosão, tirada do arquivo de sons e efeitos da EMI.

 

 

Time
(Mason, Waters, Wright, Gilmour) 7:06

O tema é a passagem do tempo. Quando jovem ele parece infinito (“You are young and life is long and there is time to kill today”), quando menos se espera, cada ano fica mais curto e, um dia, perde-se o folego e a morte se aproxima (The sun is the same in a relative way but you're older, Shorter of breath and one day closer to death). Abre com relógios tocando ao mesmo tempo. Eles foram gravados pelo produtor Alan Parsons separadamente num antiquário. Era para um disco destinado a demonstrar o efeito quadrafônico, uma aposta que não deu certo, em parte porque o vinil não comportava sons de quatro canais.
Nick Mason e Alan Parsons lembram no DVD de making of do album que o estúdio ficou cheio de fitas com o som de cada relógio e o produtor como um maestro apontando para quem devia soltar seu relógio em determinado momento.
piano - direito
guitarra - esquerdo
guitarra 2 - direito
bateria e baixo - centro - ton tons na introdução em pan.
vocal feminino – centro, distorcido e dobrado 3 x
efeitos – centro
vocais – Gilmour e Wright com dobras
Ticking away the moments that make up a dull day
You fritter and waste the hours in an offhand way.
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way.
Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain.
You are young and life is long and there is time to kill today.
And then one day you find ten years have got behind you.
No one told you when to run, you missed the starting gun.
solo Gilmour - centro (de improviso)
segunda guitarra - esquerdo
terceira guitarra - direito
And you run and you run to catch up with the sun but it's sinking
Racing around to come up behind you again.
The sun is the same in a relative way but you're older,
Shorter of breath and one day closer to death.
Every year is getting shorter never seem to find the time.
Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desperation is the English way
The time is gone, the song is over,
Thought I'd something more to say.
Emenda com
Breathe (reprise)

Letra se refere à banda. A volta para casa após longas turnês para relaxar e aquecer os ossos perto da lareira.
Home, home again.
I like to be here when I can.
When I come home cold and tired
It's good to warm my bones beside the fire.
Far away across the field
The tolling of the iron bell
Calls the faithful to their knees
To hear the softly spoken magic spells.

 

 

encarte da edição Experience de 40 anos

The Great Gig in the Sky
(Wright - Torry) 4:44

O tema é a morte, por isso também conhecida como Mortality Sequence. A banda gravou as bases e resolveu chamar uma quinta vocalista, ClareTorry, embora não tivesse ideia do que ela poderia fazer. Gilmour, que dirigiu a sessão, mostrou-lhe a base e pediu que improvisasse. Não tinha letra. Clare foi para o estúdio e fez uma primeira tomada cantando yeahs e uous. Não funcionou. Daí ela pensou em transformar a voz num instrumento e gravou um dos vocais mais empolgantes da história do rock, perfeitamente integrado no clima sombrio da faixa de Rick Wright. Foi para a cabine ouvir achando que não tinha ficado bom, pediu desculpas, mas a banda aprovou. Ela ganhou 30 libras pela sessão, mas em 2004 processou a banda, exigindo co-autoria, concedida num acordo extra judicial.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

vocal - Clare Torry - centro
piano - centro na intro, esquerdo
guitarra slide - esquerdo/direito
órgão - direito
bateria e baixo - centro
Falas: "And I am not frightened of dying, any time will do, I
don't mind. Why should I be frightened of dying?
There's no reason for it, you've gotta go sometime."
"If you can hear this whispering you are dying."
"I never said I was frightened of dying."

 

 

O loop de fita com os efeitos de Money

 

Lado 2

Money
(Waters) 6:32

caixa registradora e moedas - dividida entre esquerdo e direito
baixo - meio
guitarra solo – esquerdo
guitarra vibrato - meio
teclado - esquerdo
teclado - direito
voz - David Gilmour
Waters gravou as moedas em casa, despejando um saco delas num recipiente de cobre. O barulho de registradora foi de um velho modelo. Foi refeito em estúdio para se adequar ao sistema quadrafônico, que não vingou. Na mixagem, efeitos divididos entre os dois canais. Montado num loop de fita sustentado pela haste de um microfone. Alan Parsons diz que é a primeira vez que uma banda toca para um loop.
O tema é ambição. Roger: “sabemos que o dinheiro é um verdadeiro vício para muitos. Este é um dos temas do álbum.” Curiosamente, a banda embarcou numa trip parecida depois do sucesso do disco., Antes tinham uma vida relativamente simples, depois passaram para mansões e carros caros.
David diz que são três guitarras, uma com vibrato. O primeiro solo ele fez, aprendeu e dobrou
Money, get away.
Get a good job with good pay and you're okay.
Money, it's a gas.
Grab that cash with both hands and make a stash.
New car, caviar, four star daydream,
Think I'll buy me a football team.
Money, get back.
I'm all right Jack, keep your hands off of my stack.
Money, it's a hit.
Don't give me that do goody good bullshit.
I'm in the high-fidelity first class traveling set
And I think I need a Lear jet.
solo - sax tenor por Dick Parry (centro)
solo - guitarra dois canais (vibrato, fuzz tone)
solo guitarra – esquerdo-direito dobra (acelera andamento)
reduz andamento solo guitarra 2 – sem efeito – esquerdo.
Acelera andamento
Solo guitarra 3 com efeitos
Volta andamento original
Money, it's a crime.
Share it fairly but don't take a slice of my pie.
Money, so they say
Is the root of all evil today.
But if you ask for a raise it's no surprise that they're
giving none away.
Falas: "HuHuh! I was in the right!"
"Yes, absolutely in the right!"
"I certainly was in the right!"
"You was definitely in the right. That geezer was cruising for a
bruising!"
"Yeah!"
"Why does anyone do anything?"
"I don't know, I was really drunk at the time!"
"I was just telling him, he couldn't get into number 2. He was asking
why he wasn't coming up on freely, after I was yelling and
screaming and telling him why he wasn't coming up on freely.
It came as a heavy blow, but we sorted the matter out"
"I don't know, I was really drunk at the time!"

 

 

Encarte edição Experience 40 anos

Us and Them
(Waters, Wright) 7:40

Wright compos esta música para uma sequência violenta do filme Zabriskie Point, de Antonioni, em 1969, um tema triste e lento ao piano pra contrastar com as imagens, mas o cineasta não gostou. A banda passou direto pela música em Atom Heart Mother e Meddle para utilizá-la aqui. No vocal, Wright deu um intervalo para que fosse aplicado o eco. David e Rick cantam juntos nas partes altas, reforçados pelo coro feminino de quatro vozes com três dobras.

"A letra é direta e linear com temas fundamentais como a dúvida se a raça humana é capaz de se comportar de maneira humana," diz Roger Waters. Eu não tenho dúvida, e ele também, de que a resposta é não. A menção a um general olhando um mapa enquanto o soldado morre na frente de batalha é uma referência a Eric Fletcher Waters, pai de Rogers, morto em Anzio em 1944. Este aspecto seria bem melhor explorado em The Wall.
orgão - centro
sax - meio
guitarra - esquerdo
orgão - direita
bateria e baixo - centro
vocal David e Rick + backing  - centro

Us, and them
And after all we're only ordinary men.
Me, and you.
God only knows it's not what we would choose to do.
Forward he cried from the rear
and the front rank died.
General sat and the lines on the map
moved from side to side.
Black and blue
And who knows which is which and who is who.
Up and down.
And in the end it's only round and round.
Haven't you heard it's a battle of words
The poster bearer cried.
Listen son, said the man with the gun
There's room for you inside.
Solo piano - centro
Falas:
"I mean, they're not gonna kill ya, so if you give 'em a quick short,
sharp, shock, they won't do it again. Dig it? I mean he get off
lightly, 'cos I would've given him a thrashing - I only hit him once!
It was only a difference of opinion, but really...I mean good manners
don't cost nothing do they, eh?"
solo sax - centro
Down and out
It can't be helped but there's a lot of it about.
With, without.
And who'll deny it's what the fighting's all about?
Out of the way, it's a busy day
I've got things on my mind.
For the want of the price of tea and a slice
The old man died.
solo - teclados esquerdo e direito
solo guitarra - esquerdo
guitarra base - direito

 

 

Any Colour You Like (Instrumental)
(Gilmour, Mason, Wright) 3:25

Tema instrumental que trata da falta de escolhas em situações fundamentais da vida. Roger diz que é como se dissessem que alguém pode escolher a cor que quiser, desde que seja uma determinada cor. "Metaforicamente significa oferecer uma alternativa quando não há nenhuma. Qualquer cor que quiser desde que seja azul. Isso se relaciona em contrapor luz e escuridão, sol e lua, bem e mal. Pode escolher, desde que seja azul," diz Roger.
Guitarras - esquerdo e direito com Leslie
bateria - centro
efeitos - centro
teclados - esquerdo, direito

 

 

Brain Damage
(Waters) 3:50

"A questão fundamental é se todos nós enfrentamos, se somos ou não capazes de lidar com todas as questões expressas na letra. Há uma tendência em qualquer sociedade de empurrar o indivíduo numa determinada direção como, por exemplo, não pisar na grama. A ideia de criar um belo gramado e impedir que as pessoas desfrutem dele. É como se o desejo de pisar na grama fosse insano. O gramado que me ocorreu foi de uma grande praça entre a capela do King's College e o Rio Cam em Cambridge, não sei porque, mas foi nisso que pensei," explica Roger. Na letra ele coloca o louco sobre a grama e o tema é diretamente ligado a Syd Barrett, o fundador e primeiro líder da banda, que sucumbiu à esquizofenia a ponto de ter que ser expulso da banda. É disso que tratam os versos "And if the band you're in starts playing different tunes, I'll see you on the dark side of the moon."
guitarra - direito
guitarra solo - centro
órgão - centro
vocal - centro
bateria e baixo - centro
voz - Waters
The lunatic is on the grass.
The lunatic is on the grass.
Remembering games and daisy chains and laughs.
Got to keep the loonies on the path.
The lunatic is in the hall.
The lunatics are in my hall.
The paper holds their folded faces to the floor
And every day the paper boy brings more.
And if the dam breaks open many years too soon
And if there is no room upon the hill
And if your head explodes with dark forebodings too
I'll see you on the dark side of the moon.
The lunatic is in my head. (risos - meio)
The lunatic is in my head
You raise the blade, you make the change
You re-arrange me 'til I'm sane.
You lock the door
And throw away the key
There's someone in my head but it's not me.
And if the cloud bursts, thunder in your ear
You shout and no one seems to hear.
(vocal esquerdo) And if the band you're in starts playing different tunes
I'll see you on the dark side of the moon.
solo teclados - meio
guitarra - esquerdo
Falas: "I can't think of anything to say except..HaHaHa!".
I think it's marvelous!

 

 

Eclipse
(Waters) 2:04

“Acho que é uma declaração bem simples sobre as coisas que a vida pode nos oferecer, mas a influência de alguma força sombria nos impede de agarrar. A canção diz ao ouvinte que se ele está sendo afetado, se essa força o preocupa, comigo acontece o mesmo. O verso 'I'll see you in the dark side of the moon' sou eu dizendo ao ouvinte: 'eu sei que você tem sentimentos e impulsos ruins porque eu também tenho e uma das maneiras de fazer contato é compartilhar com você que eu também me sinto mal às vezes," explica Rogers, citado no livro Pink Floyd: Bricks In The Wall, de Karl Dallas.
órgão - direito
guitarra - centro
bateria e baixo - centro
guitarra - direito
vocal - centro
Waters
All that you touch
All that you see
All that you taste
All you feel.
All that you love
All that you hate
All you distrust
All you save.
All that you give
All that you deal
All that you buy,
beg, borrow or steal.
All you create
All you destroy
All that you do
All that you say.
All that you eat
And everyone you meet
All that you slight
And everyone you fight.
All that is now
All that is gone
All that's to come
and everything under the sun is in tune
but the sun is eclipsed by the moon.
batida de coração
"There is no dark side of the moon really. Matter of fact it's all dark."

P.S. Para aprofundamento no album recomendo o livro The Dark Side OfThe Moon (Os Bastidores Da Obra Prima Do Pink Floyd), de John Harris. Editora Jorge Zahar, 2006, 222 páginas. Tradução de Roberto Muggiati. E o DVD da série Classic Albuns lançado aqui pela ST2.

Fonte : O GLOBO

Nenhum comentário:

Postar um comentário